Como Evitar a Culpa da Vítima

O que é a Culpa da Vítima?

A culpa da vítima é a atitude que sugere que a vítima e não o perpetrador é responsável pela agressão. A culpabilização da vítima ocorre quando se assume que um indivíduo fez algo para provocar a violência através de acções, palavras, ou vestimentas. Muitas pessoas preferem acreditar que alguém causou a sua própria desgraça porque isso faz o mundo parecer um lugar mais seguro, mas a culpabilização da vítima é uma razão principal para que os sobreviventes da violência sexual e doméstica não denunciem as suas agressões. Muitos sobreviventes já se debatem com sentimentos de culpa e vergonha pelo que aconteceu. É essencial que os administradores não reforcem estes sentimentos. Não importa o que vestiam, quanto tinham de beber, ou se tinham uma relação previamente consensual com o perpetrador, a vítima não deve ser culpada. Nunca é culpa da vítima.

Conselhos de culpabilização da vítima para beber menos, se funcionar de todo para diminuir a ameaça de violência para um indivíduo, apenas desloca a violência. É o equivalente a dizer “Não tens de fugir mais do que o urso, só tens de fugir mais do que o teu amigo mais lento”. É essencialmente dizer à vítima potencial para se certificar de que o violador viola outra pessoa.

Estatísticas Gerais:

  • Mais de 20% das estudantes universitárias femininas relatam ter sofrido agressões e má conduta sexual enquanto estavam na escola (AAU Campus Survey on Sexual Assault and Sexual Misconduct, 2015)
  • 90% das agressões sexuais no campus são cometidas por indivíduos conhecidos da vítima.(Bonnie S. Fisher, Francis T. Cullen, Michael G. Turner, “The Sexual Victimization of College Women,” Instituto Nacional de Justiça, 2000)
  • apenas 12% dos estudantes sobreviventes relatam a agressão à polícia. Este número cai para 7% se sofreram agressão sexual incapacitada. (Reitora G. Kilpatrick, Heidi S. Resnick, Kenneth J. Ruggiero, Lauren M. Conoscenti, Jenna McCauley, “Drug-facilitated, Incapacitated, and Forcible Rape: A National Study,” 2007)
  • li> Apenas 2-10% das violações são falsas denúncias – aproximadamente o mesmo para outros crimes. Este número também inclui relatórios “infundados”, em que a aplicação da lei declina a avançar com um caso por qualquer razão. (David Lisak, Lori Gardinier, Sarah C. Nicksa, Ashley M. Cote, “False Allegations of Sexual Assault: An Analysis of Ten Years of Reported Cases,” 2010)li>Para cada 100 violações, cerca de dois violadores irão alguma vez cumprir um dia de prisão. (Department of Justice, Felony Defendants in Large Urban Counties: 2009)

  • 34% dos estudantes sobreviventes experimentam Distúrbio de Stress Pós Traumático (PTSD) em comparação com 9% dos não sobreviventes. (“Drug-facilitated, Incapacitated, and Forcible Rape: A National Study,” 2007)
  • 33% dos estudantes sobreviventes experimentam depressão em comparação com 11% dos não-sobreviventes.(“Drug-facilitated, Incapacitated, and Forcible Rape: A National Study,” 2007)
  • 40% dos estudantes sobreviventes relatam abuso de drogas ou álcool, frequentemente utilizados para se auto-medicarem em comparação com 17% dos não sobreviventes. (“Drug-facilitated, Incapacitated, and Forcible Rape: A National Study,” 2007)
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Remember: Alguns comportamentos problemáticos por parte da vítima (fraco desempenho académico, abuso de álcool ou drogas, etc.) podem ser o resultado directo da agressão sexual. Não os culpe por estes comportamentos, nem permita que isso coloram a forma como os trata e a sua história.

Desafiar os Mitos Comuns sobre Violações:

  1. Li>Ela pediu-o. – Ninguém pede para ser violado. Isto é culpa de vítima pura e simples.
  2. Não foi realmente violação. – Aparentemente, as pessoas ainda sentem a necessidade de diferenciar entre “violação legítima” e presumivelmente “violação ilegítima”. Este sentimento errado tem um efeito silencioso sobre os sobreviventes, muitos dos quais dirão que optaram por não relatar porque não acharam que fosse suficientemente grave ou que acreditariam neles.
  3. Ele não tinha a intenção de o fazer. – Não existem “linhas desfocadas” quando se trata de consentimento. Estudos sugerem que a maioria das violações no campus são cometidas por infractores reincidentes.
  4. li>Li>Ele queria isso. – Esta é uma variação de #1.li>Li>Ela mentiu. – Mais uma vez, a melhor investigação coloca as taxas de informação falsas algures entre 2-5%. Isto significa que 95-98% das denúncias de violação são verdadeiras.li>A violação é um evento trivial. – A violação e outras formas de violência baseada no género podem ter um imenso impacto sobre um indivíduo. Pode ver os efeitos reflectidos no desempenho académico, uso de substâncias, depressão, e mais.

  5. A violação é um evento desviante. – Por muito que gostássemos que não fosse, a violência sexual é prevalecente nos campus universitários. A vergonha e o silêncio das vítimas leva a um sentimento de impunidade para os perpetradores, que muitas vezes cometem agressões múltiplas durante o seu tempo no campus. Isto é cultura de violação na América de hoje.

(Diana L. Payne, Kimberly A. Lonsway, e Louise F. Fitzgerald, “Rape Myth Acceptance”: Exploration of Its Structure and Its Measurement Using the Illinois Rape Myth Acceptance Scale”, Journal of Research in Personality 33 (1999): 27-68)

Coisas que causam violação:

  • Rapistas
  • Qual é a única coisa que cada violação tem em comum? Um violador que opta por violar.

Coisas que NÃO causam violação:

  • Consumo de álcool ou drogas (seja intencional ou não intencional – por exemplo encontros de violação de data)
  • Vestuário ou maquilhagem
  • Fantasmas ou encontros consensuais anteriores

Anular a Vítima Interpessoal – Violação, DOs:

  • Fazer com que o sobrevivente se sinta confortável e em controlo.
  • Li>Li>Lembrar que contar a sua história pode ser extremamente desencadeante. Dê ao sobrevivente o tempo necessário.
  • li>Informe o sobrevivente das suas opções e recursos apropriados.li>Entenda que parte da resposta do cérebro ao trauma é bloquear certas memórias.li>Cuide do seu próprio bem-estar emocional.

NÃO-ESTES:

Não faça perguntas acusatórias tais como:

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