Provavelmente já ouviram o aviso do adivinho a Júlio César na peça do mesmo nome de William Shakespeare: “Cuidado com os Ídolos de Março”. As palavras de Shakespeare não só se colaram, como marcaram a frase – e a data, 15 de Março – com uma conotação sombria e sombria. É provável que muitas pessoas que hoje usam a frase não saibam a sua verdadeira origem. De facto, quase todas as referências da cultura pop aos Ides – salvo para aqueles que aparecem em livros, filmes ou especiais de televisão baseados em história real – fazem parecer que o próprio dia está amaldiçoado.
Mas os Ides de Março têm de facto uma história de origem não ameaçadora. Kalends, Nones e Ides eram antigos marcadores utilizados para referenciar datas em relação às fases lunares. Ides referia-se simplesmente à primeira lua nova de um dado mês, que normalmente caía entre os dias 13 e 15. De facto, os Ides de Março significavam uma vez o ano novo, o que significava celebrações e regozijo.
Yet when heroes in movies, books and television shows are faced with the Ides of March, it’s always a bad omen. Vários programas de televisão têm tido episódios chamados “Os Idos de Março”. E nunca é uma boa notícia.
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Só em 1995, o episódio relacionado com Ides de “Party of Five” foi baseado em torno de uma morte relacionada com cocaína e apresentava um quase incidente envolvendo condução embriagada; “Xena: Princesa Guerreira” teve a sua protagonista a enfrentar ameaças de uma visão sinistra que a mostrou a ela e à sua companheira de viagem, Gabrielle, morta por crucificação; e a ascensão de Homero Simpson ao poder dentro da antiga sociedade secreta conhecida como os Talhadores de Pedra no episódio dos Simpsons “Homero o Grande” leva à sua auto-proclamação como um Deus. Ao avisá-lo da sua inevitável queda, Lisa desempenha o papel do adivinho, citando “Cuidado com os Ides de Março”. Homero diz simplesmente “Não”, e ri-se (tal como César fez na peça) mas, tal como César, em breve experimenta um rápido desfazer.
Em 2011, Columbia Pictures lançou The Ides of March, um filme sobre um funcionário idealista de campanha (Ryan Gosling) que recebe uma dura lição de política suja enquanto trabalha para um candidato presidencial em ascensão (George Clooney). O filme envolve um pouco de traição figurativa, mas é uma alegoria bastante clara para a morte de César. Mais uma vez, a morte e a destruição aproximam-se.
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A morte de César amaldiçoou o dia, ou foi apenas o domínio da linguagem de Shakespeare que escureceu para sempre uma caixa normal no calendário? Se olharmos através da história, podemos certamente encontrar coisas horríveis suficientes que aconteceram a 15 de Março, mas será um caso de vida a imitar a arte? Ou arte imitando a vida?
p>Talvez tenha sido o próprio Júlio César (e não o famoso dramaturgo) a causar todo o drama. Afinal, foi ele que desenraizou a celebração do Ano Novo de Roma desde a data tradicional de 15 de Março até Janeiro…apenas dois anos antes de ter sido traído e massacrado por membros do senado romano.
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