Plutão, outrora considerado o nono planeta, é descoberto no Observatório Lowell em Flagstaff, Arizona, pelo astrónomo Clyde W. Tombaugh.
A existência de um nono planeta desconhecido foi inicialmente proposta por Percival Lowell, que teorizou que as oscilações nas órbitas de Urano e Neptuno eram causadas pela atracção gravitacional de um corpo planetário desconhecido. Lowell calculou a localização aproximada do nono planeta hipotético e procurou durante mais de uma década sem sucesso. Contudo, em 1929, utilizando os cálculos de Lowell e W.H. Pickering como guia, a busca de Plutão foi retomada no Observatório de Lowell no Arizona. A 18 de Fevereiro de 1930, Tombaugh descobriu o planeta minúsculo e distante através da utilização de uma nova técnica astronómica de placas fotográficas combinada com um microscópio de piscar de olhos. A sua descoberta foi confirmada por vários outros astrónomos, e a 13 de Março de 1930 – o aniversário do nascimento de Lowell e da descoberta de Urano por William Herschel – a descoberta de Plutão foi anunciada publicamente.
Com uma temperatura de superfície estimada em aproximadamente -360 Fahrenheit, Plutão recebeu apropriadamente o nome romano do deus do submundo na mitologia grega. A distância média de Plutão ao sol é de quase quatro mil milhões de milhas, e são necessários aproximadamente 248 anos para completar uma órbita. Tem também a órbita mais elíptica e inclinada de qualquer planeta, e no seu ponto mais próximo do Sol passa dentro da órbita de Netuno, o oitavo planeta.
Após a sua descoberta, alguns astrónomos questionaram se Plutão tinha massa suficiente para afectar as órbitas de Urano e Netuno. Em 1978, James Christy e Robert Harrington descobriram a única lua conhecida de Plutão, Charon, que estava determinada a ter um diâmetro de 737 milhas até às 1.428 milhas de Plutão. Juntos, pensava-se que Plutão e Charonte formavam um sistema de duplo planeta, que tinha massa suficiente para causar oscilações nas órbitas de Urano e Neptuno. Em Agosto de 2006, porém, a União Astronómica Internacional anunciou que Plutão deixaria de ser considerado um planeta, devido às novas regras que os referidos planetas devem “limpar a vizinhança em torno da sua órbita”. Uma vez que a órbita oblonga de Plutão se sobrepõe à de Netuno, foi desqualificada.
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