Walk Hard: The Dewey Cox Story

*** de ****”Walk Hard: The Dewey Cox Story” é a resposta do escritor Judd Apatow – e do director Jake Kasdan – à moderna loucura biópica que começou algures em meados dos anos 2000. O filme pretende ser uma espécie de paródia, em particular, das biópsias musicais; e suponho que a forma do filme de se divertir no género vem na forma de pressupor que enquanto havia Johnny Cash, John Lennon, e Elvis Presley – havia também um artista menos conhecido com o nome de Dewey Cox. Esta é a sua história; a hilariante e inteligente ode tanto à música como aos seus autores. Dewey (interpretado por Conner Rayburn quando criança) começou a sua vida como filho de um agricultor; dado apenas um único irmão para brincar nos seus dias de infância, e apenas por um curto período de tempo. Um dia, enquanto os dois irmãos brincavam com um duo das catanas do pai; Dewey balançou acidentalmente com demasiada força e bateu no irmão, cortando o pobre rapaz ao meio. O seu pai nunca o perdoou por isto; afirmando que o seu irmão era o melhor dos dois. Independentemente disso, através da experiência; Dewey é capaz de encontrar a sua paixão, que está na música. Um dia, ele apenas pega numa guitarra e surge um natural.Fast-forward to Dewey’s (agora tocado por John C. Reilly, para o resto do filme) como aluno do liceu; na noite do espectáculo de talentos da escola. Ele interpretará uma canção original com a sua banda de cinco homens. No que constitui uma das cenas mais engraçadas do filme; o espectáculo corre incrivelmente mal, e Dewey não impressiona os seus pais, mas ele ganha o coração de outra rapariga da sua idade – Edith (Kristin Wiig). Numa tenra idade, eles casam-se e têm muitos filhos; enquanto Dewey luta para encontrar um espectáculo que funcione realmente para ele. Ele trabalha como porteiro num clube de música nocturna; e acaba por se meter no meio de um espectáculo para si próprio. A partir daí, é recebido pela fama e sucesso; como trio de produtores discográficos judeus, o seu estilo musical e as suas aspirações. Uma vez que o tom é o de um filme biópico musical satírico; “Walk Hard” deve percorrer a linha dos filmes que, mais ou menos, inspiraram a sua criação. Dewey torna-se famoso pela sua música; ele envolve-se tanto com várias mulheres como com muitos tipos diferentes de drogas. Também actua com Elvis (Jack White), Buddy Holly (Frankie Muniz), e numa cena, até conhece The Beatles (Paul Rudd, Jack Black, Jason Schwartzman, Justin Long). Mas eu não acho que seria um estraga-prazer dizer que tudo se desmorona; a vida de Dewey, a sua paixão, e as suas relações com os outros. Embora a sua intenção principal seja ser engraçado (e oh, é sempre!); “Walk Hard” é no entanto genuíno. Em obras por várias razões diferentes, mas penso que o elemento mais importante foi John C. Reilly ter sido escolhido para o papel principal. Gosto de Reilly como actor, e tenho a sensação de que ele tem talento para desempenhar uma quantidade diversa de papéis interessantes, cómicos e dramáticos; este é definitivamente um dos seus papéis mais memoráveis, com ele a ocupar os holofotes por cada minuto do passeio. Certamente ajuda que ele também é um bom cantor; fornecendo ao filme uma banda sonora original de qualidade excepcional. Eis o que se obtém: uma sátira grosseira, por vezes perversa, muitas vezes muito engraçada de um género que a maioria das pessoas tanto ama como odeia – ao mesmo tempo. “Walk Hard” pode não ser um filme perfeito, mas eu gostei muito enquanto durou. Recomendo-o para a actuação de Reilly – e para as muitas outras que o ajudam – o esticado guião de Apatow (um talentoso escritor de banda desenhada/ génio da nossa geração), e as melodias musicais cativantes. Para aqueles que gostam de música tanto como eu; esta é uma boa carta de amor à moda para a arte escrita em sexo, violência cómica, e rock-and-roll. É a prova de que embora a história de Dewey Cox possa ter alguns solavancos no seu caminho; ainda vale a pena ponderar. Afinal de contas; este é um filme raro que leva o bem com o mal (o deprimente com a comédia tumultuosa); e talvez no sentido mais literal possível. “Dewey Cox” é uma rocha; e é uma rocha bastante dura.

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