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New Bedford’s Feast of the Blessed Sacrament é a maior Festa Portuguesa do mundo e atrai 100.000 visitantes ao seu recinto no Campo da Madeira todos os anos. Agora com mais de 100 anos, a Festa do Santíssimo Sacramento foi fundada por quatro imigrantes provenientes da ilha portuguesa da Madeira em 1915. Uma história popular explica que eles realizaram a Festa em acção de graças pela sua viagem oceânica segura para a América. Isso pode ser verdade, mas sobretudo a Festa foi o seu esforço para se ligarem às tradições culturais e religiosas da sua terra natal, a Madeira, e para partilharem esses costumes com os seus filhos na sua nova casa.

A Festa cresceu exponencialmente de uma simples festa religiosa de um dia organizada pela Igreja Nossa Senhora da Imaculada Conceição na Rua Earle, para um enorme evento de quatro dias que mistura com sucesso entretenimento popular com tradições culturais e religiosas.

Desde 1953, a Festa tem sido organizada e apresentada pelos feisteros (que se traduz em “pessoas-festa”) do Clube Madeirense S. S. Sacramento. Estes voluntários trabalham durante todo o ano para planear a comida, música e entretenimento ao vivo, desfile, Museu do Património Madeirense, e celebrações religiosas que se juntam para criar a Festa. Consideram que é uma honra fazê-lo. Mulheres e crianças desempenham agora papéis importantes, mas tradicionalmente os membros masculinos do Club Madeirense eram as estrelas do espectáculo.

Quatro palcos de entretenimento ao vivo apresentam música e dança tradicional portuguesa fornecida pelo New Bedford’s Grupo Folclorico, bem como artistas contemporâneos de rock, pop e country. Não há taxa de entrada, pelo que todo o entretenimento é gratuito. As noites na Festa podem ficar um pouco agitadas, especialmente em frente do palco principal, mas os feisteros tomaram medidas para garantir que haja grutas tranquilas onde famílias e amigos se possam reunir para conversas e as apresentações evocativas dos cantores de fado tradicionais.

Os alimentos tradicionais atraem grandes multidões para a Festa. Barraccas (bancas) no Campo da Madeira apresentam bacalhau (bacalhau seco salgado e condimentado), cacoila (carne de porco marinada), favas (feijão em molho picante), linguica (linguiça portuguesa), papas (pãezinhos estaladiços), e malassadas (massa de pão doce frita e coberta de açúcar). Um destaque culinário para muitos apreciadores de Feas é a oportunidade de cozinharem a sua própria carne de espeto, grandes pedaços de carne de vaca em espetos metálicos de 1,80 m de comprimento, que viram em cima de um braseiro de carvão quente. Chefs experientes despejam continuamente cerveja sobre a sua carne de vaca e trazem sacos de legumes com fecho de correr de casa para adicionar aos seus espetos.

Volunteers vendem cerveja em grandes quantidades na Festa, mas o vinho madeirense é a bebida tradicional de eleição. Os visitantes fazem fila com dez copos minúsculos para comprar o que tem sido chamado “crack português”. O vinho madeirense evoluiu por acidente nos cascos dos navios do século XVI, como resultado do movimento constante e das condições semelhantes às do sauna que deram ao vinho uma qualidade semelhante à do brandy. A Festa é o único evento autorizado a comprar vinho madeirense pelo casco, o que requer uma autorização do governo madeirense.

100.000 visitantes aguardam ansiosamente a Festa todos os anos, mas o evento é mais significativo para as centenas de voluntários, muitas vezes várias gerações das mesmas famílias, que o fazem acontecer. Na 100ª celebração da Festa, o Padre Manuel P. Ferreira, pároco da Paróquia da Imaculada Conceição de 1979 a 1992, disse: “É uma renovação não só da sua fé, dos seus costumes e da sua cultura, mas também uma renovação da sua fraternidade em conjunto”

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